Quanto tempo, dinda

Alessandra da Veiga
2 min readJul 18, 2022

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“‘Cê’ também podia me ligar de vez em quando

Eu ando igual lagarta, triste, sem poder sair”

- Emicida

Imagem: arquivo pessoal

Sabe dinda, já faz um tempo que você não me liga. Eu ando pensando que meus dias seriam melhores se eu não fizesse nada mais além de poder ouvir a sua voz.

Lembra quando ficávamos horas conversando no telefone? Pois é, hoje eu daria tudo pra fazer a mesma coisa. Ficar horas no telefone contando os casos com você e ouvindo as fofocas.

Amanhã faz 4 meses que você me deixou e esses dias eu estava pensando que você podia me ligar de vez em quando. Eu sinto a sua falta.

Eu achei que seria mais fácil. Que, conforme o tempo ia passar, o fardo de você ter ido embora da minha vida ficaria menos pesado e que o vazio que ficou aqui seria preenchido com aquilo que eu ainda tenho que conquistar nessa vida.

Mas a verdade, dinda, é que nenhuma conquista é boa o suficiente se eu não posso dividi-la com você. Nada é tão bom o suficiente se eu não posso te ligar e contar como sempre fiz durante todo esse tempo.

E sabe, eu ando igual a lagarta triste do Emicida. O motivo você já sabe porque eu estou sem poder te ver (e te ouvir).

Quando eu acho que tá tudo ok, paro pra pensar em você, no tempo que ficamos juntas aqui em casa e então sinto um vazio. Você deixou um vazio aqui que lembrança alguma e nem mesmo todo o meu amor por você é capaz de preencher.

E de novo, você bem que podia de ligar de vez em quando porque, agora, tudo o que eu queria era ouvir a sua voz dizendo “oi menina”.

Sei que já disse um milhão de vezes, mas novamente, eu te amo.

Com amor, sua afilhada.

- 12 de fevereiro de 2022

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Alessandra da Veiga

Escrevo. Poeticamente e profissionalmente. Sou jornalista e redatora SEO, mas aqui escrevo o que eu quis dizer. Do meu coração para seu dispositivo móvel.